Ideias Recicladas e... não só!

Em abril passado, antevendo um verão quente e maravilhoso, aventurei-me a fazer uns mimos para a Filhota. Acontece que de quente este verão não tem nada - 2/3 dias amenos e 5/7 dias bem desagradáveis! Quanto ao maravilhoso, tudo depende do mood e, claro, da indumentária... Para primeira vez, acho que não me sai nada mal (a modelo também ajuda!). Inspirei-me na " El Arte de Julieta ". A Julieta fez este trabalho em trapilho. Fiquei um pouco reticente em usar este material pois já trabalhei muito com trapilho e sei bem que fica um trabalho pesado. É ótimo para tapetes, mochilas, individuais mas, numa peça destas... Claro que fiz a experiência e os meus receios confirmaram-se. Optei por usar o fio eco barbante de 2 mm. Foi um trabalho muito demorado, produzido na base da tentativa e erro. Tirei as medidas da modelo e cortei os fios por estimativa. Cada etapa que terminava fazia a prova e ia fazendo os devidos ajustes. Como não tenho um busto/manequim, a dificuldade foi acrescid

Para todas as artes são necessários utensílios e ferramentas específicos. O macramé não é exceção. Alguns até temos em casa e é tudo uma questão de lhes darmos novo uso. Outros têm de ser adquiridos. Estando eu no início desta aventura, e não querendo estar a investir, socorri-me das minhas habilidades na reciclagem e fui criando e/ou adaptando os utensílios e ferramentas à medida das minhas necessidades. Assim nasceram os meus quadros de cortiça e ganchos de suporte... Mas vamos por partes e começar pelo inicio: Alguns trabalhos têm de estar apoiados e precisam de estar fixos a uma base de trabalho. No início (aquando da " Árvore de Natal em Macramé ", por exemplo) socorri-me das almofadas do sofá. Entretanto também já usei (e ainda uso) a tábua de passar a roupa . Os alfinetes são grandes aliados na hora de fixar o trabalho à base... Mas o ideal é mesmo ter uma base em cortiça ou noutro material que permita o uso de alfinetes. Socorri-me dos quadros de cortiça que já fiz

... Finalmente!!! Esta minha visita a uma loja só agora foi possível devido, não só, ao aliviar das restrições, mas também porque, consegui juntar dinheiro suficiente para perder a cabeça (com ela bem assente nos ombros!). Além dos porta-chaves, de que falei na última publicação, j á decorei alguns frascos para satisfazer pedidos e ganhei um dinheirito com isso. Devo confessar que esta nova realidade me agrada! No passado cheguei a fazer uma mochila para vender e, na altura, fiquei com uma sensação de perda. Com os frascos e com os porta-chaves não está a acontecer o mesmo porque, como é tudo uma novidade, os primeiros que faço são sempre para mim. Os seguintes são para oferecer ou vender e voam livremente sem me trazerem sentimentos tristes. Quem faz artesanato sabe que não há dois trabalhos iguais. Por estes lados é igual com a agravante de que coloco sempre um detalhe diferente em cada um deles ( é mesmo um defeito meu ). Resolvi esta questão tirando fotos e estou a fazer um book c

Estas minhas andanças pelo Macramé têm-me trazido algumas coisas novas como, por exemplo, encomendas. Há dias uma amiga pediu-me para lhe fazer uns porta-chaves para oferecer. Ora, eu nunca tinha feito porta-chaves, mas já tenho um belo de um mostruário com diversos nós e padrões. A minha amiga queria folhas. Acrescentei  ao meu mostruário mais alguns elementos e a escolha dela foi esta... Porta-Chaves Coração: Porta-Chaves Folha "Tree": Porta-Chaves Folhinha: Apesar de já ter vendido alguns trabalhos (sobre esta questão falarei na próxima publicação), ainda não tinha dedicado tempo a pensar na embalagem. Sendo estes trabalhos pequenos comecei a delinear esse processo e, estas, ficaram assim: Entretanto já "melhorei", para uma outra encomenda (também de porta-chaves), mas não tirei foto!! Aos bocadinho isto vai lá... sempre a evoluir... Bom fim de semana e... Boas Ideias!

Voltando ao trabalhinho com muita motivação, hoje trago um projeto delicioso e desafiante... Já disse aqui, várias vezes, que não pretendo de forma alguma copiar os trabalhos de outras colegas. Mas o facto é que não é fácil, já foi tudo inventado (ou quase tudo!). Depois de muito analisar como poderia diferenciar a minha árvore cheguei a bom porto, aplicando uma equação básica: a árvore tem a copa redonda e o tronco assenta numa base (solo) reta. Deste raciocínio nasceu a minha primeira árvore. Material:    * Fio de algodão de 2 mm;    * Aro de soutien (voltei à reciclagem);    * Galho - colhido do chão e tratado por mim;    * Almofada ou prancheta:    * Tesoura e fita métrica. ➤ A ideia era muito simples e  fácil de concretizar: o aro seria para a copa e o galho para o solo. ➤ Chamei-lhe a "Minha Árvore da Vida". Mas, para os meus parâmetros, faltava-lhe a tal da "vida"... ➤ Socorri-me do que aprendi com a árvore de natal e fiz uma folha à qual chamei Folha "T

Olá, Olá, Olá! Lamento a minha ausência e o facto de ter deixado algumas pessoas preocupadas! Esta ausência deveu-se apenas e só a uma deficiente gestão do pouco tempo livre que tenho! Mas não pensem que estive sempre a trabalhar. Eu e o Mô aproveitámos para fazer uma escapadinha e fomos passear (só nós dois💕). Os dias que antecederam o passeio exigiram toda uma logística para deixar os Filhotes orientados no que diz respeito às atividades deles e os dias que se seguiram traduziram-se em trabalho doméstico a dobrar... faz parte! Para hoje, trago a primeira e única manutenção que fiz ao nosso tapete de rolhas de cortiça. Como já referi em outras publicações o nosso tapete "Carinha Feliz" está no exterior e exposto ao sol, à chuva e à mercê das unhas afiadas dos gatinhos de rua. Ora, o estado dele não era o melhor: * as rolhas estavam muito picadas, esburacadas mesmo; * o desenho, da carinha feliz, já tinha desaparecido; * algum verdete; * faltavam duas rolhas (ao fim de sete

Hoje trago dois acessórios que passeiam comigo diariamente: Estes foram os trabalhos mais simples que fiz em macramé mas nem por isso deixaram de dar luta: ⮚ Aproveitei pontas de fios e, para a máscara, ficou grande, para o cabelo, ficou pequena! Desmanchei, fiz emendas, ..., e lá consegui chegar a bom porto; ⮚ Os remates também foram uma aventura. Não os fiz como manda a cartilha... inventei. Entretanto, aprendi a fazer estes remates e os próximos trabalhos já sairão perfeitos. ⮚ Com todos os contratempos, não fiz os meus habituais apontamentos e não tenho registo da quantidade de fio gasto. Já fiz uma amostra com 50 cm de fio e, da próxima vez, é só fazer contas. A primeira fita que fiz foi para a máscara. Estava a usar uma que o Mô trouxe, mas tinha a publicidade da empresa, o que não me agradava. Retirei as peças de encaixe e apliquei-as na minha fita. Características e dimensões: ➤  Fita para a Máscara : * Fio de 2 mm; * Nós usados - meio nó quadrado (espiral ou DNA), nó quadrado

Como referi na última publicação, durante as minhas experiências pelo mundo do macramé, já houve tempo para fazer dois painéis ou tapeçarias de parede. O primeiro que fiz foi este branco, com fio de 2 mm. Este painel tem 4 camadas: Características e dimensões: ➤ 1ª camada (camada central) - Triângulo invertido de nós quadrados, com finalização em nó festoné e com franja; ➤ 2ª camada - corrente torcida (espiral/DNA); ➤ 3ª camada - corrente / sequência / cadeia de 2 nós quadrados alternados, com finalização em nó festoné e com franja; ➤ 4ª camada - corrente / sequência / cadeia de 3 nós quadrados alternados, com finalização em nó festoné e com franja. ➤ Altura - cerca de 47 cm (desde o suporte até à ponta inferior); ➤ Largura - cerca de 27 cm. ➤ Suporte - pau de churrasco. De referir que, para este tipo de trabalho, os fios mais indicados são os de espessuras mais grossas. Mesmo não sendo a espessura correta, o painel ficou muito delicado! Depois resolvi aventurar-me com um fio de 3 mm e

Regra geral, os meus trabalhos são produzidos no meu atelier/oficina (vulgo: o cantinho físico do Ideias , preparado por mim e pelo Mô, há uns anos. Falei dele aqui ). No entanto, nestes últimos meses, tenho passado muito mais tempo na nossa sala e sempre com um trabalhinho em mãos. Projetos pequenos que, pela sua natureza, não produzem resíduos durante a produção. Estou a falar dos meus macramés, e exemplo disso é esta pulseira... Pretendo fazer um painel para a cabeceira da nossa cama. Trabalho grande e ambicioso! Por um lado, tenho pressa, ansiedade mesmo, de meter as mãos nos fios e começar o trabalho. Por outro lado, tenho a consciência de que é um trabalho complexo e ainda não estou preparada para tal empreitada. A acrescer a esta minha consciência, há o facto de as lojas ainda não estarem a 100%. Terei de comprar fios específicos, mas quero vê-los, senti-los... Perto de mim existe uma fábrica e loja da especialidade mas não estão abertos ao sábado. Se estivessem, já lá teria ido

Desta vez, enveredei por um desenho simples para aperfeiçoar a técnica de montagem... Sendo este um trabalho muito complexo, não é viável, em cada publicação, apresentar um passo a passo. Nesta publicação, falarei das especificidades e desafios que surgiram neste tapete e, se alguém desejar mais detalhes, pode sempre consultar o separador " Ideias para: Tapete de Rolhas " ou questionar nos comentários. ➤ As rolhas não têm todas o mesmo calibre e, inevitavelmente, as "colunas" acabam por ficar desalinhadas. Com a ajuda de uma régua e o ajuste (pelo corte) das rolhas fui conseguindo minimizar estas imperfeições. ➤ No tapete da "Carinha Feliz" comecei a montagem pelo centro. No da "Casa do Real" comecei pelas letras. Desta vez, o motivo central foi deixado para último...  ➤  ... socorrendo-me sempre da "régua" para ficar tudo alinhado... ➤  Foi uma boa aposta: diminuíram as emendas, remates e ajustes nas rolhas. ➤  Para finalizar: quatro c